terça-feira, 12 de junho de 2007

Que é que se passa?

Numa terra tão pequena como o nosso concelho é mau sinal quando duas das suas maiores instituições entram em crise directiva. Pior ainda é quando essas instituições são os Bombeiros e o maior clube local, o S. C. Courense. Para agravar o cenário, estas crises vem-se arrastando em ambas as instituições desde há uns anos.
Pelo que tenho lido nos jornais de Coura e pelo que ouço por aí, a primeira impressão com que fico é que quem assume os cargos de liderança por vontade própria apenas o faz por protagonismo e sempre com segundos objectivos, normalmente politicos. Aqueles que são empurrados para esses cargos apregoam aos quatro ventos que só lá estão por favor, mas o que querem mesmo é lá estar. O que eu tiro disto tudo é que os courenses deixaram de acreditar na boa vontade das pessoas que ocupam postos de direcção nessas instituições e passaram a vê-los como abutres que estão ali apenas para dar o "salto" para uma carreira politica. Já não se acredita que alguém trabalhe só para o bem da comunidade em geral sem daí não retirar algum proveito. Além disto, quer-me parecer também que os courenses deixaram de se identificar com ambas as instituições, o que significa possivelmente que deixaram também de se identificar com Paredes de Coura. Esta descrença, que começa nas instituições que melhor nos tem servido nos últimos anos, começa a afectar os courenses no que respeita ao futuro do concelho!Será ela resultado de algumas das más politicas dos nossos governantes que apenas quiseram deixar obra feita para mostrar que fizeram alguma coisa e nunca pensaram a sério no futuro do concelho? Ou os courenses apenas estão descrentes porque lhes apetece?


P.S:Como acredito na boa vontade das gentes de Coura, deixo aqui registado que no dia 15 de Julho das 9.00 às 12.30 irá realizar-se uma recolha de sangue para possiveis dadores de medula óssea!apareçam por lá..

2 comentários:

Anónimo disse...

É, de facto, confrangedora a crise directiva instalada, uma vez mais, no glorioso S.C. Courense, num filme que começa a repetir-se vezes sem fim mas que, normalmente, acaba num final feliz.
Aliás, será a repetição continuada deste filme, a cada ano que passa, que não transmite ao sócios motivos de inquietação, na certeza que, não sendo antes, alguém vai
aparecer para inscrever o clube em cima do prazo estabelecido para o
efeito. Normalmente assim tem sido e, estamos crentes, uma vez mais vai acontecer.
No entanto, como associado e como ex-dirigente que fui, custa-me ver o clube mais representativo do concelho arrastar-se pelas lamúrias do costume, tanto mais numa altura em que celebra 75 anos de vida e história, com um passado de orgulho para todos os courenses, merecedor de uma comemoração sentida e plausivel.
Oxalá, na próxima Assembleia Geral os sócios sejam capazes de congregar vontades capazes de catapular o clube para a ribalta desportiva no distrito. O clube merece isso, e muito mais...
Relativamente aos Bombeiros, a crise directiva, instalada pela primeira vez, parece ter outros contornos, dificeis de alcançar à vista desarmada. Aqui o imbróglio tem outro âmbito e dimensão. Também como associado e também ex-dirigente que fui, temo o aumento na escassez do voluntariado e, aqui sim, alguma promiscuidade politica, de todo indesejavel.
Apesar de tudo, estas 2 insituições merecem o nosso respeito e dedicação.
Albano Sousa

Anónimo disse...

Faltam homens com poder de sacrificio e amor à camisola. Nem uma nem outra instituição alguma vez funcionaram para servir vedetismos ridiculos. Pouca gente (incluindo eu) saberá o que custa dirigir com mérito e sucesso alguma destas instituições. Mas se isso já foi conseguido (no courense por exemplo, quando a poucas épocas atrás conquistou sucessivas taças de honra e esteve perto do título), é sinal que é possível ser de novo conseguido, época após época. É necessário talvez que se ponha os olhos e se retire alguma lição do trabalho aí desenvolvido por pessoas completamente desprendidas de qualquer intenção que não fosse a de levar mais alto o nome das intituições e do concelho.